Associação pede afastamento do comandante do CBMTO após casos de assédio

17/12/2018 17/12/2018 09:45 342 visualizações

Um pedido de afastamento do comandante do Corpo de Bombeiros foi protocolado pela Associação das Mulheres Policiais do Tocantins. A solicitação faz parte de um oficio entregue ao Ministério Público pedindo investigação de abuso de poder na corporação. A polêmica começou depois que casos de abuso sexual foram expostos em outubro deste ano.

Segundo a presidente da associação, Giovanna Nazareno, depois das denúncias feitas pelos militares, o presidente da Associação dos Bombeiros está respondendo a inquérito militar por ter exposto a corporação.

“Protocolamos um documento pedindo que o procurador verifique um possível abuso de autoridade do comandante e do sub-comandante, e solicitamos o afastamento destes do comando do corpo de bombeiro militar”, disse a presidente.

Os casos de assédio foram expostos após uma pesquisa realizada com 183 militares dos bombeiros. Do total que participou da pesquisa, 62,3% dos servidores disseram ter sofrido algum tipo de assédio moral. Também houve registros de abuso sexual.

Um dos militares contou que até recebeu convite para uma orgia sexual. “Convites de conteúdo sexual é… até para participar de orgias e de relações com as próprias esposas. Né… é… sempre pessoas superiores e sempre com conteúdo bem torpes, com um linguajar bem chulo, bem baixo.”

Outro lado

O Corpo de Bombeiros Militar afirmou, em nota, que o comando não pode permitir que ações contrárias aos encaminhamentos legais, que devem ser precedidos de denúncia indicativa de vítima e autoria, sejam realizadas aleatoriamente por um militar que tem interesses políticos e pessoais em macular o nome da instituição, para assim, atingir o comando.

“A situação é séria e por se tratar de crime, não cabe pesquisa de WhatsApp com link que qualquer pessoa entraria e votaria quantas vezes quisesse. Os homens e mulheres que pertencem ao corpo de bombeiros do Tocantins, não podem ser vítimas de tal atrocidade e receberem o ônus de ações isoladas, que se ocorreram ou se vierem a ocorrer, o comando além do dever ético e legal, tem total interesse em apurar.”

O Corpo de Bombeiros Militar afirmou ainda que até o momento não teve acesso aos dados da “enquete” realizada. Afirmou ainda que não recebeu notificação de órgãos de controle externo a respeito dos casos de abuso e não houve registro de denúncias nos órgãos internos da corporação.

Fonte: G1 Tocantins